Com sucesso comprovado, a Copa do Mundo de Rugby 2019 que está sendo disputada no Japão vai chegando a sua reta final e mesmo já sem a seleção japonesa na competição, o Estádio Internacional de Yokohama encheu para ver quatro das maiores seleções do mundo em campo disputando as 2 vagas para a grande final. As seleções da Inglaterra e da África do Sul venceram seus confrontos de semifinais neste fim de semana e vão fazer o jogo decisivo no próximo domingo, dia 02 de Novembro no mesmo estádio em Yokohama.

Segundo os organizadores do evento, já é comprovado que essa edição do mundial foi um sucesso pela grande aceitação dos japoneses pelo esporte. Nos jogos da seleção do Japão, por exemplo, houve jogo com público superior a 40 mil pessoas e eles também marcaram presença massiva em outros jogos do torneio. Visto por eles pode ser algo muito positivo quando se pensa em público presente nos eventos dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tokyo 2020.

Torcedores japoneses, ingleses e neo-zelandeses juntos nas arquibancadas do Estádio Internacional de Yokohama na primeira partida das semifinais (imagem: The Times)

Ingleses derrubam os bicampeões mundiais:

Na primeira semifinal da Copa do Mundo de Rugby, a Inglaterra venceu a Nova Zelândia por 19 a 7. Com um domínio durante toda a partida, os ingleses reduziram a ofensiva dos All Blacks a somente um Try, que só aconteceu no segundo tempo. A Inglaterra nunca havia vencido os All Blacks pela competição mundial e quebrou a invencibilidade da Nova Zelândia que durava duas Copas do Mundo de Rugby.

O famoso “Haka”, celebração que os jogadores neo-zelandeses fazem antes de cada partida foi intenso, mas não abalou os nervos dos ingleses:

A Nova Zelândia era favorita para a partida, principalmente por sua potência ofensiva. Sabendo da capacidade do ataque adversário, os ingleses se montaram para anular os ataques de seu oponente. Porém, foi com a ofensiva que a Inglaterra trilhou sua classificação logo cedo. Manu Tuilagi fez o primeiro Try inglês com menos de 3 minutos de partida e, com a conversão de Owen Farrell, a partida ficou 7 a 0.

Após esse começo de partida, a Nova Zelândia tentou assumir os controles das ações, mas os All Blacks simplesmente não conseguiam encaixar. O ataque tentava de diversas formas, mas encarou um paredão inglês, que não apresentava buracos ou brechas. A Inglaterra por outro lado, também não conseguia achar muitas brechas para avançar, ou mesmo progredir com a bola. Só no final do primeiro tempo o placar aumentou para a seleção européia. Quando George Ford converteu um penal, aos 40 minutos e deu números finais ao primeiro tempo da Copa do Mundo de Rugby: Inglaterra 10, Nova Zelândia 0.

Uma das estratégias para a Inglaterra vencer era simples: Chutar a bola. O time inglês chegou a final liderando está estatística na Copa do Mundo de Rugby e sabia de sua capacidade com os pés. Logo aos 3 minutos da segunda etapa, a equipe podia abrir mais 3 pontos, porém, Daly desperdiçou um Penalty. O erro não desacelerou o time, que, mesmo com as alterações, seguiu controlando as ações do confronto. A Nova Zelândia corria mais com a bola, dominava o território do campo, mas isso não correspondia em pontos. Aos 50 minutos, a Inglaterra mostrou mais uma vez sua capacidade nos chutes, convertendo um Penalty com George Ford. Após isso, a Nova Zelândia fez um batalhão de alterações, colocando 5 novos jogadores para tentar vencer a semifinal.

Jogadores ingleses comemorando uma das pontuações do jogo (imagem: Morning Post South China)

6 minutos após a pontuação adversária, George Ford teve mais uma chance de pontuar com um chute. Ele se manteve perfeito em suas tentativas, anotando mais 3 pontos para a Inglaterra. A Nova Zelândia se lançou ao ataque, mas errou demais e acabou cometendo mais faltas. Em uma dessas faltas, Ford ficou em posição de chute e anotou os números finais da partida aos 69 minutos, fechando o placar em 19 a 7.

O único grande erro da Inglaterra custou um Try. Ardie Savea anotou a única pontuação dos All Blacks após erro inglês em um lateral. Richie Mo’unga confirmou mais dois pontos com a conversão, reduzindo a vantagem em 6 pontos, quando a partida tinha 58 minutos.

Abaixo, os melhores momentos do jogo:

Ao término do jogo, os ingleses aplaudiram os jogadores dos All Blacks:

África do Sul supera País de Gales e chega em mais uma final:

Assim como no jogo anterior, torcida misturada e muita festa nas arquibancadas (imagem: divulgação)

O primeiro tempo da partida foi marcado por um jogo extremamente físico e equilibrado. Em busca de sua quinta vitória consecutiva contra os sul-africanos, o País de Gales dominou as ações nos primeiros 20 minutos. No entanto, mesmo com a maior posse de bola e as ações no campo ofensivo, Gales parou na forte defesa dos Springboks. E foi justamente a África do Sul quem abriu o placar. Handre Pollard converteu um chute após penalidade dos galeses e abriu 3 a 0.

Jogo se mostrou muito parelho, inclusive nas disputas de bola nos scrums (imagem: Portal do Rugby)

A vantagem duraria pouco, já que aos 18 minutos, seria a vez de Dan Biggar converter penalidade e empatar a partida. Os sul-africanos começaram a se soltar na partida e, aos 20, Pollard converteu nova penalidade para abrir 6 a 3 no placar. O jogo, então, voltou a ter forte equilíbrio. Dessa vez eram os Springboks que ficavam com a bola no campo de ataque. E, aos 35, Pollard acertou novo chute para abrir seis pontos. Os últimos cinco minutos foram complicados para os galeses. Apesar de diminuir a desvantagem em chute de Biggar, a equipe precisou fazer duas substituições por conta de lesões. Assim, o primeiro tempo acabou 9 a 6 para a África do Sul.

Comemoração dos jogadores da Africa do Sul após vitória sobre País de Gales (imagem: Bola na Rede)

O segundo tempo começou exatamente como o primeiro: extremamente equilibrado. Aos 45 minutos, Biggar converteu pênalti de Eben Etzbeth e deixou tudo igual no placar. O duelo seguiu truncado com as duas defesas em grande atuação, mas aos 57 minutos, Damian de Allende quebrou tackles na parte final do campo para anotar o primeiro try do confronto. Na conversão, Pollard guardou mais dois e os Springboks abriram 16 a 9 no placar.

O try sul-africano fez com que a equipe europeia arriscasse mais ofensivamente. Após minutos de intensa batalha, Josh Adams conseguiu, aos 65, o try para o País de Gales e no chute, Leigh Halfpenny deixou tudo igual. O confronto parecia se encaminhar para o tempo-extra, mas, aos 75, Pollard converteu sua quarta penalidade da partida e colocou os Springboks novamente à frente. No desespero, os europeus tentaram ir para cima, mas foram parados pela sufocante defesa sul-africana, que garantiu o triunfo por 19 a 16.

Abaixo você confere os lances desse jogo:

Do mesmo jeito que foi ao final do jogo entre Inglaterra e Nova Zelândia, jogadores sul africanos também aplaudiram a participação dos jogadores galeses:

Imagem pós-jogo entre Africa do Sul e País de Gales (imagem: The Times)

Os últimos confrontos:

Na sexta-feira, 1º de Novembro acontece a disputa pelo 3º lugar entre Nova Zelândia e País de Gales. Este jogo será realizado no estádio de Choofu.

No sábado, dia 2 de Novembro será realizada a grande final do mundial entre Inglaterra e África do Sul no Estádio Internacional de Yokohama. O jogo vai ser uma reedição do Mundial de Rugby de 2007, onde os sul africanos saíram vencedores e agora vão atrás de seu terceiro titulo, onde empataria com a Nova Zelândia como maiores vencedores das Copas do Mundo. Estima-se que um grande publico composto pelos torcedores japoneses e torcedores dos países finalistas compareçam a partida.

Você pode acompanhar os jogos da Copa do Mundo de Rugby no Japão com exclusividade através dos canais ESPN e no WatchESPN, com transmissões ao vivo das partidas.

Fontes: Portal do Rugby, Torcedores.com – Link 1, Link 2
Capa: Sporting Life

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