Comunidade: Por dias melhores

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Com dinheiro em caixa, Bunkyo planeja projetos grandiosos para a comunidade 

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Rodrigo Meikaru/Imagem: Célia Oi

 Entidade tida como a mais representativa da comunidade nipo-brasileira, o Bunkyo (Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social) enfrenta, há alguns anos, um problema típico das associações e demais organizações: a dificuldade de emplacar grandes projetos. Falta de recursos, escassez de força voluntária e parcerias mornas acentuam esse panorama. Mas, há, sim, uma luz no fim do túnel.

 É o que aponta o presidente do Bunkyo, Kihatiro Kita. Reeleito para mais uma gestão, o empresário e contador recolocou a entidade nos trilhos. Ajustou pendências fiscais e contábeis, reformulou (e modernizou) o sistema administrativo, além de reunir “um bom time” de diretores e vices-presidentes para tocar projetos culturais, uma das missões do Bunkyo perante a sociedade.

 “Confesso que estou mais emocionado do que quando, há quatro anos, fui eleito para a primeira gestão”, admitiu o presidente Kita. “Estava, na realidade, pouco consciente da enorme responsabilidade e das dificuldades que me esperavam naquele momento. Quatro anos atrás propusemos vários projetos e ideias, mas antes disso era importante equacionar a questão financeira para poder administrar o Bunkyo. Atualmente, estamos com o caixa equilibrado financeiramente, graças ao esforço de todos”, explica.

 Com um caixa equacionado – e turbinado após uma doação de US$ 1 milhão feita pelo empresário japonês Minoru Otsuka -, as ações efetivas podem ser tocadas com mais tranquilidade. Entram no pacote a reforma do edifício-sede (localizado no bairro da Liberdade), com o tão sonhado ar-condicionado no grande auditório, melhorias no Museu Histórico da Imigração Japonesa, bem como ampliação e reforma do ginásio esportivo.

 Trabalhando em silêncio, o presidente e sua diretoria querem dinamizar ainda mais o espaço físico da entidade. “Não quero fazer promessas, mas existe uma grande expectativa de execução, nos próximos dois anos, do Espaço Cultural Bunkyo a ser implantado no subsolo. O projeto já está em andamento e foi enviado para aprovação da lei de incentivo cultural para captação de recursos para as obras”, cita. O tal projeto contemplará uma escola de culinária, cursos de cultura e exposições. “De fato, temos muitos planos e desejamos, nos próximos dois anos, nos empenhar ao máximo para melhoria desta entidade.”

 Trabalhosas, as ações listadas pelo presidente têm dois anos para saírem do papel. Ou melhor, para continuarem em andamento, pois muitas delas já estão em ritmo acelerado. Melhorias discretas e sem grandes alardes. Marcas da gestão Kita, um presidente que, nos bastidores, tem atuado para levar adiante um dos objetivos da entidade: dar à comunidade maior acesso a cultura japonesa. “É difícil, mas recompensador”, finaliza.

(com informações do bunkyo.org.br)