Editorial: A época mais festiva do ano

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Mesmo com forte recessão e um clima nada favorável politicamente, a área do entretenimento mantém-se firme e forte. Pelo menos quando o assunto é festa da cultura japonesa. Somente neste mês, são mais de 15 espalhadas por todo o estado de São Paulo. Afinal, julho, além de ser o mês de férias, é a época ideal para festejar as floradas das cerejeiras, de reunir grupos de dança e música, bem como preparar muitas iguarias da culinária para o público – sedento por novidades…

O carro-chefe da comunidade nipo-brasileira é o Festival do Japão. Em 2015, o evento grandioso ganha novo formato – desta vez, indoor – com a mesma fórmula de sucesso das edições anteriores: dezenas de empresas mostrando seus produtos e serviços, área de palco com atrações típicas do Japão, além de uma grande praça de alimentação, reunindo mais que 40 províncias, cada qual com seu prato típico.

Toda essa movimentação em torno dos festivais é bastante emblemática. Décadas atrás, os imigrantes da primeira geração é que comandavam os eventos. E não era um trabalho tão simplificado como hoje: muitas vezes, para montar barracas, era preciso cortar bambus para viabilizar a estrutura. Toda a parte de gastronomia era tocada pelas senhoras das associações, incansáveis. Hoje, o panorama pode ter mudado, mas a essência, contudo, deve permanecer a mesma: a de celebrar a harmonia e levar adiante aspectos que não deve ser esquecidos, como costumes, tradição e comportamentos. Nesse âmbito, o Festival do Japão, por exemplo, preserva a cultura.

O engajamento das gerações mais novas é essencial para que esta cultura dos festivais mantenha-se ativa. Pelo andar da carruagem, o esforço tem sido intenso, mas insuficiente. É preciso mais. É preciso reaproximar os jovens de valores nipo-brasileiros, resultando, assim, em mais participação e renovação de energia. Com certeza, os velhos imigrantes agradecerão.

Boa leitura!

Rodrigo Meikaru