Esporte: Takuma Sato, o “Samurai voador”, em visita à Liberdade

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Piloto da Indy 300, Takuma Sato conhece o País e se surpreende com história da imigração japonesa

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Rodrigo Meikaru/Imagem: Revista Mundo OK

Ele já fez história, mesmo a temporada da Indy 300 ter pela frente diversas corridas. Takuma Sato foi o primeiro japonês na história da competição a ganhar uma competição, sendo considerado pela mídia especializada e analistas como um piloto arrojado e agressivo. Ou, “samurai voador”.

 Contudo, se nas pistas o japonês pisa fundo e arrisca até demais, fora delas ele mantém características tipicamente nipônicas: discrição, educação e humildade, percebidas durante uma visita ao bairro da Liberdade, em São Paulo. O encontro com lideranças da comunidade nipo-brasileira serviu para Sato aprender um pouco mais de seus conterrâneos que aqui desembarcaram há 105 anos.

 “Não conhecia muito sobre a imigração japonesa no Brasil, mas vi que eles se esforçaram bastante para vencerem em uma terra desconhecida. Enfim, correr no Brasil, com uma concentração tão grande de japoneses, é uma grande responsabilidade”, disse ele, após um tour no Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil, localizado no Bunkyo (Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social).

 Além de se surpreender com o esforço dos primeiros imigrantes, Takuma Sato falou, também, sobre seu projeto social, denominado “With You Japan” e criado logo após o terremoto que abalou o arquipélago japonês há dois anos. Preocupado com a geração mais nova, o piloto tem incluído crianças vítimas da catástrofe em projetos esportivos. O objetivo? Levar conforto e dar esperança aos pequenos.

 “Morando nos Estados Unidos, logo que soube do terremoto, quis buscar uma forma de ajudar essas pequenas vítimas que sofreram ferimentos, ficaram órfãs, ou foram retiradas de suas casas por conta do vazamento das usinas atômicas, em Fukushima”, conta. Foi então que passou a conversar com seus companheiros pilotos e conseguiu a adesão de muitos deles: “alguns doaram capacetes, uniformes, algum objeto de uso pessoal e que foram leiloados para levantar recursos”, afirmou ele, mostrando que, mesmo estando longe, o espírito de união e solidariedade – tipicamente japoneses – fala mais alto nessas horas. “Ajudar ao próximo é uma obrigação.”