Opinião: Manipulado

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 Centenas de escolas foram invadidas, muitas ainda não desocupadas, com os alunos protestando contra alterações no ensino médio formuladas pelo MEC e contra a limitação do aumento dos gastos públicos. Além dos prejuízos aos alunos que ficam sem aulas e aos estados, que pagam salários a professores e funcionários que estão impedidos de trabalhar, o clima instalado transmite à população brasileira e ao mundo todo, uma imagem de bagunça generalizada.

_Nelson Fukai Colegiais são jovens menores de idade e facilmente manipuláveis por professores de esquerda e por pseudo-líderes de movimentos sociais, a quem interessa no momento infernizar o governo do presidente Temer, cuja composição não é certamente formada por pessoas de alta competência e ilibada moral, mas que também não pode ser culpada pelo estado lastimável em que se encontra a educação pública de base no país. Aliás, entre 2002 e 2015 o Brasil foi governado pelos petistas, que tiveram muito tempo para implementar melhorias. É mais tempo do que o ciclo básico completo. Mas mensalão e petróleo acabaram mostrando que a cúpula petista estava mais interessada com seus próprios interesses do que com os jovens do Brasil. E agora, fora do governo, os líderes sindicais do professorado de ensino básico e médio, que se mantiveram omissos nesses 13 anos de governos petistas, apareceram novamente, não para ajudar a resolver o problema da educação no Brasil, mas para trabalhar a grande massa de manobra, que são os colegiais, para seus interesses político-ídeológicos.

 Os jovens pobres da periferia, os que cursam o ensino médio em escolas públicas deveriam ter como primeira e principal reivindicação, o fim da gratuidade nas universidades públicas. E brigar para que a montanha de dinheiro gasto nas universidades estaduais e federais fosse destinada para o ensino público de primeiro e segundo grau, nivelando a qualidade com as escolas particulares. Esse é o grande equívoco da educação brasileira. Jovens das classes média e alta, frequentam escolas particulares no primeiro e segundo grau com nível de ensino entre bom e ótimo. Enquanto isso os pobres e remediados recebem qualidade de ensino entre ruim e sofrível nas escolas públicas, com raríssimas exceções. Como gasta muito com as universidades públicas, a verba pública que sobra para o ensino primeiro e segundo grau não é suficiente para oferecer uma qualidade razoável de ensino. Como resultado, apesar de serem ampla maioria entre os estudantes que se formam no ensino médio, os estudantes oriundos de escolas públicas são minorias nas universidades públicas, mesmo com cotas e outros benefícios. Sem capacidade para ingressar nas universidades públicas, milhões de jovens das classes menos privilegiadas são presas fáceis das universidades caça-níqueis. Ganham suas bolsas e outros benefícios do governo (que deverão reembolsar no futuro), recebem um nível fraco a razoável de conhecimento e formam depois a multidão de profissionais com curso universitário de pouco reconhecimento pelo mercado.

 Este é o grande desafio da educação brasileira, de acabar com o financiamento que toda a população dá para a formação universitária dos jovens da classe média e alta, nas excelentes mas custosas universidades públicas. Universidade pública deveria ser paga durante o curso para quem pode (e são a maioria) e com bolsas para os que não podem (a serem restituídas após a formatura). Como é ou era o crédito educativo da Caixa Econômica federal. Com esse dinheiro era possível oferecer ensino público de primeiro e segundo grau de qualidade, como foi até os anos 60 do século passado, oferecendo chances reais para que os pobres e remediados tenham acesso às universidades públicas.

 Ou seguimos esse caminho ou a tal da inclusão social não vai passar de discurso dos pseudo gurus esquerdistas, que na verdade manipulam a sua massa de manobra para que tudo continue como está. Afinal seus filhos estudam todos em escolas particulares!!!