Mulher: Doação compartilhada de óvulos

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Um ato de solidariedade e amor que possibilita a um casal ter filho

Foto Reprodução

A doação de óvulos é permitida em caráter anônimo, onde doadores e receptores não podem se conhecer, a doadora deve ter no máximo 35 anos e a receptora não mais que 50 anos, não pode ter caráter lucrativo ou comercial, a Resolução do Conselho Federal de Medicina publicada em abril de 2013 permite a doação compartilhada e determina alguns destes parâmetros.

Assim, o Programa de Doação de Óvulos é uma alternativa para mulheres receptoras que não têm óvulos em quantidade e em qualidade adequadas, sendo um tratamento cada vez mais frequente na Reprodução Humana desde quando a técnica de congelamento de óvulos passou a ser dominada há alguns anos.

A resolução ainda deixa claro o limite de embriões a ser transferido na paciente. O número varia de acordo com a idade do óvulo da doadora e não da idade da paciente que vai receber os embriões de óvulos proveniente da doação. A norma de limitar o número de embriões transferidos de acordo com a Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida tem como objetivo reduzir o número de gestações múltiplas, de maior risco para gestantes e bebês.

A ideia é simples: uma mulher que tem boa reserva ovariana e é jovem, doa parte dos óvulos para uma mulher que não consegue engravidar com óvulos próprios. No Brasil, a doação compartilhada é a mais comum, em que uma doadora compartilha parte dos seus óvulos com uma receptora que ajuda com parte dos custos da doadora, gerenciada anonimamente pela clínica que está ajudando os casais.

As mulheres que querem engravidar, mas dependem da doação de óvulos só poderão receber óvulos até os 50 anos de idade. Antes não havia um limite de idade estabelecido. O Conselho Federal de Medicina entende que além de tentar preservar a saúde da paciente menos jovem com uma gravidez de alto risco, seria necessário se preocupar também com as condições de suporte biopsicossocial, em que essa criança será gerada por mãe menos jovem.

Nos casos de doação compartilhada, as clínicas são obrigadas a guardar sigilo sobre a doadora, mas podem fornecer informações fenotípicas: como estatura, peso, cor dos olhos e dos cabelos, até a escolaridade da doadora, para tentar aproximar a aparência física.

Sabemos que o ideal é engravidar enquanto jovem, quando há óvulos com boa qualidade. No entanto, por diversos motivos, isto nem sempre acontece na situação social de hoje.

Para o médico ginecologista Dr. Raul Nakano, diretor clínico da FertiClin, Clínica de Reprodução Assistida, “a medida é antes de tudo um ato de solidariedade e amor ao próximo. Doar óvulos significa dar a outro casal a possibilidade de ter filho”, finaliza.